miércoles, 21 de noviembre de 2012

La Historia de cómo recupere mi bici


Me robaron la bici. Esta frase, desgraciadamente, es bastante común y ya no sorprende. El caso es que como a mucha gente, a mí me pasó hace un año. Una Gitane de carretera pasó a manos de un ladrón y éste, supongo, la vendió.

La bici, como para mucha gente, es mi medio de transporte por lo que fue, hablando claro, una putada que me la robaran. En el trabajo soy el chico-que-viene-en-bicicleta -aunque ahora viene más gente en bici- y pronto se enteró toda la empresa que me habían robado la bici. Uno, a raíz de escuchar el comentario, me escribió y me dijo que lo sentía y que si estaba interesado en comprar su bici de carretera que tenía en el trastero muerta de asco. Le dije que le hiciera fotos y que me las mandara. Y así es como llegó a mis manos mi Olmo San Remo.

Estas son las fotos que me pasó el de mi trabajo...


Más en: La Historia de cómo recuperé mi Bici

Bicicletas de Papel


Deu no caderno "Amanhã", do GLOBO, especializado em sustentabilidade: 

"Ciclista amador israelense produz bicicleta biodegradável e à prova d´água. Empresas e governos de diferentes países estão de olho no invento", que pode ter custo de apenas US$ 20 para o consumidor.




Ela não consome combustível e não polui o meio ambiente. É leve, barata, biodegradável, à prova d’água e, segundo seu criador, tem o potencial de revolucionar o transporte urbano em grandes cidades ou em países que lutam contra a pobreza. Trata-se de uma bicicleta feita quase totalmente de papelão. A invenção é do israelense Izhar Gafni, de 50 anos, um especialista em linhas de produção e ciclista amador. A bike, criada em parceria com outros dois sócios, já chamou a atenção de grandes empresas, governos e curiosos de todo o mundo. Gafni só não conta seu principal segredo: a fórmula secreta usada para tratar o papelão, que é feita com materiais orgânicos. 



   Sempre me interessei pelo uso de materiais não convencionais para construir objetos do dia a dia
   conta Gafni, filho de pai curitibano e mãe paulista. 




A família migrou para Israel há mais de cinco décadas e Gafni acabou nascendo no Kibutz Bror Hail — conhecido por ter sido fundado por imigrantes brasileiros, no Sul do país. Foi lá que ele viveu a vida toda, formou-se e acabou conhecendo seus sócios, o empresário Nimrod Elmish e o fotógrafo Guiora Kariv, ambos também filhos de brasileiros. 



Dono de diferentes marcas de bicicleta, Gafni sempre sonhou em construir uma de papelão, o que só foi possível há dois anos, depois de inúmeras tentativas frustradas e vários protótipos irem parar no lixo. Em seis meses, quatro linhas de “bicicletas urbanas” estarão prontas para fabricação e venda em Israel, a um custo de produção de US$ 9. O veículo poderá ser vendido ao consumidor final por US$ 20. 



Entre os modelos, haverá bicicletas para homens e mulheres, para jovens, com rodas mais amplas, e também com motores elétricos — recarregáveis em casa — para viagens um pouco mais longas. No momento, Gafni ainda inclui algumas partes de metal nos protótipos, mas o inventor pretende produzir modelos com mais de 90% de papelão. Rodas, pedais e até mesmo os cabos dos freios serão construídos com materiais recicláveis, como plástico de garrafas PET e até pneus de automóveis usados. 



Teste de material 



A bicicleta de papelão passou, segundo Gafni, por todos os testes feitos com o material, após imersão em água por período de sete meses. Ele garante: o material só se desfaz se for exposto a um calor de dois mil graus. É que o papelão usado como matéria prima é feito de madeira transformada em polpa para a fabricação de papel, insumo usado nas indústrias de caixas e caixotes no lugar de metal de ferro. Ao final do processo, o veículo “verde” ainda recebe uma camada de laca para ficar mais brilhante. 



A bicicleta pesa nove quilos, seis a menos do que a média dos modelos de metal vendidos hoje. E poderia carregar ciclistas com até 200 quilos de peso. As rodas são feitas com borracha reciclada de carros. E as correias, de cintos de segurança. Tudo para que seja o mais amigável possível para o meio ambiente. 



Gafni detém cinco patentes e uma delas protege o conceito de veículos de papelão com pelo menos uma roda. Apesar das patentes, o local de trabalho de Gafni não lembra em nada uma fábrica tradicional de bicicletas. Muito pelo contrário. A impressão é de uma oficina mecânica abandonada com peças de veículos penduradas na parede, restos de papelão pelo chão, metal e outros materiais espalhados pelo local. 



A ideia de construir uma bicicleta de papelão começou de uma forma prosaica: Gafni construiu uma bicicleta de papelão para a filha. O presente acabou virando o principal modo de transporte da menina. O sucesso acendeu a luz “verde” para o inventor: 



   Quando comecei, as pessoas riam de mim. Mas agora estou recebendo dezenas de e-mails por dia perguntando onde podem comprar a bicicleta. 



O prefeito de Bogotá já entrou em contato com Gafni. A cidade vem, há 12 anos, reescrevendo sua história recente, graças ao movimento ‘Bogotá Como Vamos’, que atingiu resultados tão surpreendentes — especialmente nas áreas de arrecadação de impostos e redução de homicídios — que cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, lançaram, em 2007, movimentos semelhantes. Um político do Rio já teria, inclusive, entrado em contato com o inventor, mas o nome, diz ele, é segredo de estado: 



   Mas não posso dizer o nome dele. Assim como no Brasil, em muitos outros países há interesse por bicicletas como essas, de papelão, que podem ser produzidas por mão de obra local. Além de não necessitar de manutenção ou ajustes. 



Outros interessados são grandes empresas, inclusive do setor aéreo, que estão estudando a possibilidade de substituir os assentos atuais por outros, feitos de papelão. A troca reduziria o peso das aeronaves e, consequentemente, o consumo de combustível. Animado com a repercussão do seu invento, Gafni costuma comentar que “o céu é o limite” para esse tipo de tecnologia.

Disponible en: http://oglobo.globo.com/blogs/debike/posts/2012/11/21/a-bicicleta-de-papelao-do-inventor-israelense-475851.asp